Premiação equivalente a R$ 4 milhões foi concedida a dois médicos imunologistas pela descoberta de uma nova e promissora possibilidade de tratamento contra a doença
Estudos desenvolvidos pelos imunologistas James P Allison, dos Estados Unidos, e Tasuku Honjo, do Japão, inspiraram a criação de medicamentos que impedem a fuga das células do câncer, permitindo que o sistema imunológico consiga combatê-las. Eles decobriram que o sistema imunológico do corpo pode ser aproveitado para atacar as células cancerígenas em escala.
James P Allison, professor e presidente de imunologia no Centro de Câncer MD Anderson da Universidade do Texas, estudou a proteína CTLA-4, que é conhecida por “frear” o sistema imunológico. Dessa maneira, ele percebeu que havia como liberá-la para atacar tumores. Tasuku Honjo, professor de imunologia da Universidade de Kyoto, descobriu a proteína PD-1, que também funciona como uma forma de travar a evolução de tumores.
De acordo com os estudos, a própria imunidade do ser humano procura e destrói células mutadas, porém as células cancerígenas encontram maneiras de desviar desse ataque para continuar crescendo. Portanto, o princípio do mecanismo descoberto está justamente em desativar esse “freio” do sistema imunológico.
A imunoterapia, que mira mais especificamente nas células cancerígenas, é considerada uma nova fronteira nos tratamentos contra o câncer. No entanto, ela funciona em aproximadamente 15 a 20% dos pacientes.
Os cientistas ainda não sabem exatamente quem vai se beneficiar e o porquê. Os tratamentos possuem efeitos colaterais, mas apresentaram resultados eficazes até em casos de câncer em estágio avançado.
Fonte: com informações da BBC e G1
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