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Mês de combate aos linfomas

Em agosto, além de falarmos sobre prevenção e tratamento do Câncer de Pulmão, por meio da campanha do Agosto Branco, também chamamos atenção da sociedade para sensibilizar e orientar sobre o câncer no sistema linfático.


Para explicar melhor como a doença surge e tirar as dúvidas enviadas pelos nossos seguidores no @oncotrata, convidamos o Médico Oncologista Clínico, Dr. Edison Carlos Paganotto Filho (CREMERS 22.064).


1. O que são linfomas e quantos tipos existem?

Dr. Edison Carlos Paganotto Filho, Médico Oncologista Clínico (CREMERS: 22064): Linfoma é um tipo de câncer que se origina no sistema linfático, conjunto composto por órgãos e tecidos que produzem as célulasresponsáveis pela imunidade e vasos que conduzem essas células através do corpo pela linfa. O sistema linfático é a rede de combate a doenças do corpo. Inclui os gânglios linfáticos, o baço, o timo e a medula óssea. Os principaistipos de linfoma são linfoma de Hodgkin e linfoma não Hodgkin. Cada um destes tipos se subdivide em outras categorias com diferentes graus de agressividade e curabilidade.


2. Como a doença surge?

Dr. Edison Carlos Paganotto Filho, Médico Oncologista Clínico (CREMERS: 22064):

A maioria das vezes é uma íngua que cresce, muitas vezes indolor, nas regiões axilares, inguinais ou no pescoço – em outras vezes essas ínguas (que são os linfonodos ou gânglios crescidos) se desenvolvem no interior do nosso corpo e somente são percebidas por exames de imagem.


3. Quais são as causas da doença?

Dr. Edison Carlos Paganotto Filho, Médico Oncologista Clínico (CREMERS: 22064):

Ainda não sabemos quais as principais causas, mas algumas infecções virais poderiam estar relacionadas com linfomas, como o HIV (AIDS), Epstein-Barr (mononucleose), HTLV-1 (hepatites) e até a bactéria Helicobacer pylori (gastrites e úlcera). Além disso, ter alguma doença que provoca imunidade baixa, ter alguma doença auto-imune, como o lúpus ou doença celíaca, assim como, trabalhar em locais com muita exposição a produtos químicos, como pesticidas, ou ainda que estejam expostas à radiação, podem ter influências no surgimento do linfoma.


4. Existem maneiras de prevenir?

Dr. Edison Carlos Paganotto Filho, Médico Oncologista Clínico (CREMERS: 22064):

A prevenção é obtida através do controle das situações de exposição aos fatores de risco. Controlando as cargas virais em casos de infecção e tomando as devidas precauções quando estiver trabalhando em contato com pesticidas e radiação.


5. Alimentação pode estar relacionada com o surgimento deste tipo de câncer?

Dr. Edison Carlos Paganotto Filho, Médico Oncologista Clínico (CREMERS: 22064):

Não existem relações entre linfomas e consumo de determinados alimentos.


6. Quais os sintomas que devemos estar atentos?

Dr. Edison Carlos Paganotto Filho, Médico Oncologista Clínico (CREMERS: 22064):

Os linfomas podem vir acompanhados de sintomas como febre baixa à tardinha, inapetência, perda de peso e sudorese noturna. Em alguns casos podem ocorrer coceiras pelo corpo, tosse seca ou inchaço de algum membro.


7. Ao perceber alguma destas alterações, qual médico devo procurar?

Dr. Edison Carlos Paganotto Filho, Médico Oncologista Clínico (CREMERS: 22064):

O primeiro médico a ser procurado deve ser o clínico geral ou pediatra (nos casos em crianças), pois é muito importante fazer o diagnóstico diferencial entre outras doenças benignas que provocam sintomas semelhantes ao linfoma, tais como tuberculose, mononucleose, toxoplasmose, sífilis, AIDS, hepatites. Uma vez tendo sido feito o diagnóstico o paciente deverá ser encaminhado a um Hematologista ou Oncologista Clínico.


8. Como é feito o diagnóstico?

Dr. Edison Carlos Paganotto Filho, Médico Oncologista Clínico (CREMERS: 22064):

O diagnóstico é feito através de uma biópsia exicional, retirando todo o gânglio. O material é enviado a um médico patologista que analisará as células em um microscópio e confirmará se é um linfoma e qual o tipo de linfoma.


9. Quais os protocolos mais utilizados no combate à doença?

Dr. Edison Carlos Paganotto Filho, Médico Oncologista Clínico (CREMERS: 22064):

Os linfomas são tratados com quimioterapia, utilizando combinação de drogas e, em casos selecionados, associação com anticorpos monoclonais (drogas que atacam diretamente o linfoma). Em casos mais graves pode ser feito inclusive transplante autólogo de medula óssea (quando são usadas células do próprio paciente). A radioterapia muitas vezes pode ajudar consolidando respostas.


10. A doença tem cura?

Dr. Edison Carlos Paganotto Filho, Médico Oncologista Clínico (CREMERS: 22064):

Os linfomas são doenças com altas taxas de cura, porém quanto mais precoce for o diagnóstico maior será a curabilidade.


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