Fernanda S. Bortolon
Nutricionista
CRN 26210
O tratamento oncológico contra o câncer de mama pode acelerar a menopausa e os seus sintomas. E com isso vem uma desaceleração do metabolismo, tornando mais difícil manter o peso. A menopausa também leva ao aumento de gordura corporal e diminuição da massa muscular.
É comum que as mulheres, por conta da quimioterapia e/ou hormonoterapia, aumentem cerca de 1 a 10kg ao ano.
Outra razão para o ganho de peso é o uso de corticosteroides. Estes medicamentos ajudam com náusea e inchaço, ou para diminuir a reações ao tratamento. Essas drogas podem aumentar seu apetite, principalmente o desejo por carboidratos refinados, como pães, biscoitos e doces.
Os corticosteroides são hormônios que também podem causar um aumento na gordura corporal, principalmente na região abdominal e perda de massa muscular e também aumentar a glicemia no sangue. A perda de massa muscular faz com que o ganho de peso seja mais evidente.
Além do tratamento, os aspectos emocionais, financeiro e a diminuição da atividade física são fatores que também podem levar ao aumento de peso. Embora seja mais comum as pessoas ganharem peso durante e após o tratamento, algumas podem perder peso.
Ganhar ou diminuir alguns quilos é normal, mas uma mudança considerável de peso – de 5% a 10% do peso total do corpo pode afetar sua saúde. A promoção de estratégias para evitar o ganho de peso é amplamente apoiada e necessária para otimizar e promover a saúde destes pacientes sobreviventes do câncer de mama e já está bem documentado que a obesidade é um fator de risco para a recidiva da doença.
Para manter a composição corporal adequada durante o tratamento oncológico, procure um nutricionista especializado.
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